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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Obama anuncia "início" do fim da guerra no Afeganistão

Em discurso na TV, Obama anunciou que 33 mil soldados deixarão o Afeganistão até setembro do próximo ano. Foto: ReutersEm discurso na TV, Obama anunciou que 33 mil soldados deixarão o Afeganistão até setembro do próximo ano

Foto: Reuters


O presidente Barack Obama anunciou nesta quarta-feira em discurso à nação o "início" do fim da guerra no Afeganistão. Falando da Casa Branca, em Washington, Obama confirmou que os primeiros 10 mil soldados deixarão o país asiático ao longo deste ano e os 23 mil restantes antes de setembro do próximo ano, totalizando 33 mil. "Este é o começo, não o fim, do esforço para encerrar a guerra no Afeganistão", afirmou.
O anúncio encerra semanas de especulações sobre o futuro da presença militar dos EUA no Afeganistão, onde há 100 mil militares americanos. Comandantes militares vêm alertando Obama a não fazer uma retirada exagerada, sob pena de reverter os avanços dos últimos meses contra a insurgência do Talibã.
No discurso, no qual destacou uma mudança na política dos EUA após uma década de guerra, Obama disse que, após a redução inicial, mais tropas serão retiradas do país asiático em um ritmo constante, na medida em que os afegãos assumem sua própria segurança até 2014. "Estados Unidos, é hora de focar a construção da nação aqui em casa", afirmou.
Obama ressaltou que os documentos recuperados na operação que matou Osama bin Laden mostraram que a Al-Qaeda "sofre enormemente" e é "incapaz de substituir de modo eficaz" seus altos dirigentes eliminados. Segundo ele, a "Al-Qaeda está sob a maior pressão já vista desde os atentados de 11 de setembro de 2001, ataques que motivaram a guerra". Ele afirmou também que os EUA irão se unir a iniciativas de reconciliação do povo afegão, incluindo o Talibã, considerando que o governo do Afeganistão e as forças de segurança estão fortalecidos.
Retirada mal recebida
Em paralelo com o retorno de parte das tropas, a Casa Branca sabe que precisa reduzir seus gastos com a guerra e estancar a perda de vidas americanas, sob pena de ser castigado pelo eleitorado nas eleições de 2012. A retirada de 33 mil soldados - todo o contingente adicional enviado em 2010 para reforçar o combate ao Talibã - até o final do verão boreal de 2012 deve ser mal recebida pela cúpula do Pentágono. O secretário de Defesa, Robert Gates, já havia dito que isso seria "prematuro".
Mas, no Congresso, alguns parlamentares se mostram impacientes com uma guerra que atualmente custa mais de US$ 110 bilhões por ano, e exigiam uma retirada inicial ainda maior.
O debate sobre o tema mudou consideravelmente desde que forças especiais dos EUA mataram em maio o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, no Paquistão. Esse fato deu a críticos - tanto republicanos quanto democratas - mais argumentos para cobrar de Obama metas mais precisas para o conflito no Afeganistão. Embora os Estados Unidos estejam envolvidos em negociações políticas com o Taliban, autoridades admitem que um acordo de paz ainda pode estar distante, se é que será possível.
Obama, no entanto, não pode se dar ao luxo de esperar muito, pois pretende disputar um novo mandato em 2012. Segundo uma pesquisa do instituto Pew divulgada na terça-feira, 56% dos americanos - cifra recorde - são favoráveis à retirada das forças do Afeganistão o mais rapidamente possível.
Com agências internacionais

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