Depois de 21 dias de greve, os bancários do Rio Grande do Norte voltam ao trabalho hoje, segundo decisão tomada em assembleia-geral realizada ontem à noite. Apesar dos discursos criticando os banqueiros, a categoria aceitou a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 9%, valorização do piso salarial e melhorias na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A greve foi encerrada nos bancos privados, Caixa Econômica e Banco do Brasil, mas permanece no Banco do Nordeste.
Aldair Dantas
Aldair Dantas

Bancários de Natal decidem aprovar, em assembleia-geral, proposta dos patrões e bancos reabrem hoje seguindo o horário de verãoNo BNB, a categoria considerou a proposta da presidência "ridícula" e muito mais abaixo das expectativas do que foi oferecido aos outros bancos oficiais. Em Mossoró, o presidente do Sindicato dos Bancários, José de Anchieta Medeiros, disse que a categoria acatava a proposta, porque a orientação do comando de greve "era de que não havia mais como avançar com a paralisação". Medeiros disse que a categoria "arriava e guardava as bandeiras de luta", para usar no ano que vem, que por se tratar de um ano eleitoral, pode ser mais propício à luta sindical.
O diretor do Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte, Juvêncio Hemetério, confirmou que os bancários voltam ao trabalho, com as agências abrindo as suas portas para o público externo a partir das 9 horas, em virtude do horário de verão.
A proposta varia de banco a banco, mas em resumo prevê reajuste de 9% sobre os salários e de 12% sobre o piso da categoria, válido a partir de 1º de setembro. O valor do piso sobe de R$ 1.250 para R$ 1.400. Os bancários também vão receber 2,2 salários por ano, a título de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Pelo acordo, a categoria obteve aumento real de 1,5%. O piso da categoria teve crescimento real de 4,3%. Os bancários irão repor os dias parados até 15 de dezembro, sem a necessidade de desconto dos dias de greve.
A proposta dos bancos também contempla a reivindicação do sindicato de que os bancários não façam mais o transporte de valores, como dinheiro em espécie. Foi acordado ainda a proibição da divulgação pelos bancos de ranking sobre o desempenho individual de bancários, medida que, segundo o sindicato, provoca constrangimentos no local de trabalho.
O acordo negociado na última sexta-feira entre patrões e empregados estabelece ainda uma regra de aviso prévio proporcional maior do que o determina a nova legislação. Para até cinco anos de trabalho, serão pagos 60 dias de aviso prévio; de 5 a 10 anos, 75 dias; de 10 a 20 anos; 90 dias; e mais de 20 anos, 120 dias. Pela nova legislação, serão pagos 3 dias adicionais a cada ano trabalhado.
A volta ao trabalho foi aprovada pelos sindicatos mais representativos do País, entre eles São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador e Campinas. "A aprovação do acordo coroa mais uma campanha vitoriosa dos bancários", afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Funcionário da Infraero entram em greve por 48h
Rio (AE) - A semana que começou com voos cancelados por conta das cinzas do vulcão Puyeche promete mais transtornos para os brasileiros que passarem pelos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Campinas. Ontem, os funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) aprovaram greve de 48 horas a partir de quinta-feira contra o modelo de privatização adotado pelo governo. Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Francisco Lemos, é preciso alertar a sociedade para os riscos da transferência para a iniciativa privada de atividades como a segurança aeroportuária. "A quem a população vai cobrar se os serviços oferecidos forem precários? Hoje, a sociedade pode cobrar do governo", argumentou.
Para Lemos, o governo deveria privatizar apenas a área comercial dos aeroportos, deixando o segmento de infraestrutura nas mãos da União. "Os empresários trabalham com um conceito de aeroshopping. Mas, isso pode ser perigoso porque deixa em posição secundária as operações de aviação", explicou.
Fonte: IG
O diretor do Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte, Juvêncio Hemetério, confirmou que os bancários voltam ao trabalho, com as agências abrindo as suas portas para o público externo a partir das 9 horas, em virtude do horário de verão.
A proposta varia de banco a banco, mas em resumo prevê reajuste de 9% sobre os salários e de 12% sobre o piso da categoria, válido a partir de 1º de setembro. O valor do piso sobe de R$ 1.250 para R$ 1.400. Os bancários também vão receber 2,2 salários por ano, a título de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Pelo acordo, a categoria obteve aumento real de 1,5%. O piso da categoria teve crescimento real de 4,3%. Os bancários irão repor os dias parados até 15 de dezembro, sem a necessidade de desconto dos dias de greve.
A proposta dos bancos também contempla a reivindicação do sindicato de que os bancários não façam mais o transporte de valores, como dinheiro em espécie. Foi acordado ainda a proibição da divulgação pelos bancos de ranking sobre o desempenho individual de bancários, medida que, segundo o sindicato, provoca constrangimentos no local de trabalho.
O acordo negociado na última sexta-feira entre patrões e empregados estabelece ainda uma regra de aviso prévio proporcional maior do que o determina a nova legislação. Para até cinco anos de trabalho, serão pagos 60 dias de aviso prévio; de 5 a 10 anos, 75 dias; de 10 a 20 anos; 90 dias; e mais de 20 anos, 120 dias. Pela nova legislação, serão pagos 3 dias adicionais a cada ano trabalhado.
A volta ao trabalho foi aprovada pelos sindicatos mais representativos do País, entre eles São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador e Campinas. "A aprovação do acordo coroa mais uma campanha vitoriosa dos bancários", afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Funcionário da Infraero entram em greve por 48h
Rio (AE) - A semana que começou com voos cancelados por conta das cinzas do vulcão Puyeche promete mais transtornos para os brasileiros que passarem pelos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Campinas. Ontem, os funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) aprovaram greve de 48 horas a partir de quinta-feira contra o modelo de privatização adotado pelo governo. Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Francisco Lemos, é preciso alertar a sociedade para os riscos da transferência para a iniciativa privada de atividades como a segurança aeroportuária. "A quem a população vai cobrar se os serviços oferecidos forem precários? Hoje, a sociedade pode cobrar do governo", argumentou.
Para Lemos, o governo deveria privatizar apenas a área comercial dos aeroportos, deixando o segmento de infraestrutura nas mãos da União. "Os empresários trabalham com um conceito de aeroshopping. Mas, isso pode ser perigoso porque deixa em posição secundária as operações de aviação", explicou.
Fonte: IG
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